Saturday, February 21, 2009

Salve Salvador!



Estive em Salvador nestas férias e adorei! Além de ter revisto minha querida irmã Eliz, seu namorido, Fabiano, e sua simpática cachorrinha Hiena "Pimpom", pude conhecer esta apaixonante cidade.

Na primeira tarde, fomos, por recomendação do taxista que levou minha outra irmã e eu do aeroporto à casa de Eliz, à praia de Piatã. Bad move! Piatã é suja e lotada! De bom, só mesmo um belo pôr-do-sol, que por sinal, lá acontece por volta das 17h30 ou 18h - a Bahia não adota o horário de verão. Lá amanhece supercedo, o que nos forçou a levantar todos os dias mais ou menos às 7h ou 7h30- em plenas férias! - para aproveitarmos bem a praia.


Pôr-do-sol em Piatã

No dia seguinte, a Eliz nos levou ao paraíso: Stella Maris. De onde ela mora, nas redondezas das avenidas Luiz Viana Filho e Jorge Amado, dá uns 40 minutos de ônibus tipo lotação (R$ 3,00 a passagem). Praia belíssima, ótimas piscinas naturais, coqueiros, poucos turistas e bons restaurantes – a moqueca de mariscada estava excelente, o peixe vermelho, nada de mais. Ponto positivo: os preços não eram exorbitantes, como se espera de lugares turísticos, principalmente em praias isoladas como a praia em questão. Pagamos lá por boa comida o mesmo que se paga em Porto Alegre por comida da mesma qualidade.


Eliz e eu em Stella Maris

Nunca tinha tomado banho em uma piscina natural, e adorei. Não corremos o risco de sermos sugados pelo mar – há ondas, mas elas não quebram, não repuxam e nem cometem a indiscrição de tirar nossos biquínis –, ficamos mergulhados até o pescoço e, o que é melhor, dá para enxergar não só nossos pés, mas os peixinhos coloridos que nadam em torno deles.


Eu, Eliz e Sandra em uma piscina natural de Stella Maris

Outro paraíso é a Praia do Forte, que fica a uma hora e meia de Salvador.


Praia do Forte

A viagem para lá foi uma aventura. Se vocês tiveram oportunidade de assistir à novela Tieta, transmitida pela Globo no horário das 8 em 1989 e reprisada no Vale a pena a ver de novo em 1994, devem lembrar da marineti, dirigida pelo personagem de Elias Gleiser. Pois é, foi numa mais ou menos assim que nós fomos à Praia do Forte. Havia um motorista e um outro carinha a cuja função não sei dar um nome específico, mas ele praticamente, a cada parada de ônibus, tentava convencer as pessoas a entrarem no veículo. Ah, e claro, ele também era o repsonsável por segurar a porta direita da “marineti” – senão, cairia.

A Praia do Forte é como uma villa supercharmosa, com restaurantes e butiques com aquele tipo de elegância descontraída, sabem? A propósito, comi um bobó de camarão inesquecível lá, mas esqueci o nome do restaurante – hehe –, só lembro que foi num restaurante italiano – sim, há comida para os “malucos” que não gostam de frutos do mar. Tem turistas de todo o mundo lá, mas também tem moradores locais, pois eu vi até uma escola municipal de ensino fundamental entre uma loja e outra – deve ser para os filhos das pessoas que trabalham lá.

No começo, eu odiei a praia em si, porque na hora de tomar banho, não queríamos entrar numa pequena baía onde havia alguns barcos, por medo de que a água estivesse meio suja em função do óleo das embarcações. Então tentamos as piscinas naturais, mas havia muitas pedras, de modo que os pés doíam. Por fim, acabamos nos rendendo à baía... e foi maravilhoso, o melhor banho que já tomei na minha vida. Água parada, morna e limpa. Nem sinal de óleo. Uma delícia.


Eu na Praia do Forte

É na Praia do Forte que fica o Projeto Tamar – aquele das tartarugas –, muito bem organizado, interessante e bonito. É um excelente programa para fazer com crianças – para quem as tem.


Projeto Tamar

Sobre a cidade de Salvador, propriamente dita, eu gostei dos bairros Pelourinho, Rio Vermelho, Pituba – fui a um restaurante chamado Côco Bahia neste bairro, muito bom, ótimo atendimento, ótimo crepe, ótima decoração, ótimo tudo – e mais um bairro elegante cujo nome não lembro, só lembro que o taxista disse que era ali que o ACM morava. Mas de modo geral, Salvador é muito feia e tem um trânsito horroroso – muito pior do que o de Porto Alegre, não tem nem comparação, na hora do rush fizemos em uma hora e meia um percurso que havíamos feito em dez minutos às 11h da noite no dia anterior! Outra coisa de que não gostei foi o fato de ninguém jamais ter troco – dos taxistas aos cobradores de ônibus. A passagem de ônibus comum lá custa R$ 2,20 – R$ 0,10 a menos do que aqui em POA –, e mesmo quando demos uma nota de R$ 10,00 para pagar para três pessoas, o cara não tinha troco! Ele não tinha R$ 3,40!!!

Mas a maior decepção de todas foi o show do Olodum. Paguei R$ 40,00 esperando ver uns trinta percussionistas tocando ritmos africanos que me fizessem eu me sentir como se tivesse recebendo um santo, e o que vi não foi nada além de um show de axé music, no maior estilo “tira o pé do chão, joga a mãozinha pra cima e bate na palma da mão!” Horrível.

Mas de modo geral, adorei a viagem e já disse à minha irmã que ano que vem estarei lá novamente!


Projeto Tamar - Praia do Forte

It's too late

Olhem que lindo o que eu achei, um cover só em cordas da música It's too late, clássico da Carole King dos anos 70.